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Quais as etapas do Transplante de Medula Óssea (TMO)?

Quais as etapas do Transplante de Medula Óssea (TMO)?
Quais as etapas do Transplante de Medula Óssea (TMO)?

O Transplante de Medula Óssea (TMO) é um procedimento complexo e de risco e para realizar o tratamento com segurança, diversas etapas devem ser seguidas.

 

Avaliação médica

A primeira etapa do Transplante de Medula Óssea (TMO) ou Transplante de Células Tronco Hematopoiéticas (TCTH) é a avaliação do seu médico hematologista transplantador quando a gravidade de sua doença e a indicação para realizar o Transplante de Medula Óssea (TMO). O TMO é utilizado preferencialmente com intenção curativa (ex: leucemias agudas, crônicas e linfomas), porém em algumas situações (ex: mieloma múltiplo), pode ser usado com intenção de promover um maior controle da doença. Para cada caso, o médico irá indicar o melhor tipo de transplante, autólogo (da medula do próprio paciente) ou alogênico. Há também diferenças na intensidade do transplante que pode ser mieloablativo (MAC- myelo ablative conditioning) ou de intensidade reduzida (RIC reduced intensity conditioning). Essas diferenças dizem respeito à intensidade da quimioterapia que é utilizada no transplante. Em geral, para pacientes jovens e sem outras doenças associadas, utilizamos a dose mais intensa de quimioterapia, enquanto para pacientes mais idosos e/ou frágeis, usamos doses menos intensas, proporcionando menor risco de toxicidade.

 

Coleta de exames gerais e teste de compatibilidade

A segunda etapa é a fase de coleta de exames e avaliação clínica com equipe interdisciplinar. Neste momento será investigado se o paciente tem condições de realizar o Transplante de Medula Óssea (TMO). Alguns exames que você deverá coletar é o HLA (caso seu médico escolha um transplante alogênico), exames laboratoriais para avaliar função renal, hepática, imunológica, pulmonar, cardíaca entre outros. Profissionais como dentista, nutricionista e psicólogo também são indispensáveis nesta fase de avaliação.

Os exames também deverão ser realizados no doador escolhido para garantir que o doador esteja saudável e não transmita doenças ao paciente e não corra risco na doação.


Internação e passagem de um cateter

Terceira etapa é o momento da internação e da passagem de um cateter venoso central em centro cirúrgico. Praticamente todos os medicamentos, transfusões, infusão da medula óssea ou células tronco hematopoiéticas, assim como a coleta dos exames, serão realizados pelo cateter.


O condicionamento

Quarta etapa é a do condicionamento. Nesta fase o paciente recebe quimioterapia e/ou radioterapia para promover a destruição das células doentes e abrir espaço no medula óssea para receber as novas células. O condicionamento leva em média 1 até 10 dias para ser realizado e o paciente pode apresentar sintomas como náuseas, vômito, diarreia, constipação, mucosite e queda dos cabelos, entre outros.


Infusão da nova medula

A quinta etapa ocorre após o condicionamento quando seu corpo estará preparado para receber novas células. Estas células são preparadas e colocadas em uma bolsa e serão infundidas por uma via de cateter em seu corpo. Com o passar dos dias, as células infundidas vão migrando e se desenvolvendo no espaço medular situado dentro dos ossos. Depois de um período variável de tempo ocorre a “pega” ou enxertia da medula. Esse é o nome usado quando as células infundidas começam a ser identificadas no sangue periférico através do exame de hemograma.


Após o dia do Transplante de Medula Óssea (TMO) o que acontece?

Após o funcionamento da nova medula seu corpo começa a produzir novas células sanguíneas. De forma comparativa, sabemos que todo início de produção em uma ‘fábrica’ é lento sendo assim o número de células no sangue ainda pode ser baixo. Como as células do sangue nos protege de infecções, transportam oxigênio e realizam processos de coagulação, neste momento, o paciente fica frágil e pode apresentar algumas complicações como: Infecções, sangramentos e fadiga.


O que é a DECH (Doença do Enxerto Contra o Hospedeiro)?

Uma das principais complicações do Transplante de Medula Óssea (TMO) é chamada de Doença do Enxerto Contra o Hospedeiro (DECH) ou GVHD (Graft Versus Host Disease) em inglês. Esta complicação ocorre porque as células do doador (enxerto) reconhecem as células dos tecidos do receptor (paciente) como ‘estranhas’ e acontece uma reação imunológica que promove o ataque a alguns órgãos e tecidos do seu corpo como intestino, pele e fígado. Estas reações podem acontecer logo após a ‘pega’ da nova medula caracterizando a doença como DECH aguda ou com o passar dos meses ou até anos após o transplante se tornando uma DECH crônica.

Para evitar a ocorrência de uma DECH grave, a equipe médica prescreve medicamentos chamados de imunossupressores. Estes são capazes de reduzir a ação das novas células transplantadas contra o organismo do paciente. Muitos pacientes irão suspender esses medicamentos em alguns meses, enquanto outros poderão usá-los por período prologado dependendo da adaptação dessas novas células do doador ao organismo do receptor.

A DECH só ocorre no transplante de medula óssea alogênico. Não ocorre no transplante de medula óssea autólogo.

 

Quanto tempo vou ficar internado após o Transplante de Medula Óssea (TMO)?

O tempo de internação para realizar o Transplante de Medula Óssea (TMO) é variável. Como descrevemos acima, trata-se de um procedimento cercado de riscos que para preveni-los e resolvê-los é indispensável que o paciente esteja internado e cercado por equipe interdisciplinar 24h. O tempo de internação estará diretamente relacionado ao tempo de ‘pega’ da nova medula, das manifestações infeciosas, entre outras possíveis intercorrências. Você deve estar preparado para uma internação em torno de 15 a 30 dias ou mais para garantirmos a sua segurança.

 

Quais os cuidados após a alta hospitalar?

Após a alta hospitalar do Transplante de Medula Óssea (TMO), todos os cuidados continuam em casa. Você deve estar atento aos retornos frequentes com seu médico transplantador, coletas de exames, ingerir as medicações em horários certos de forma rigorosa, evitar locais com grande circulação de pessoas e com pessoas doentes, manter a casa bem limpa, cuidar da higiene pessoal e observar seu corpo todos os dias. Qualquer alteração na temperatura corporal, tremores, calafrios, diarreia, alteração e lesões na pele, entre outros sintomas, seu médico deve ser avisado.

 

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