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Estomas: o que são, para que servem e como cuidar

Estomas: o que são, para que servem e como cuidar
Estomas: o que são, para que servem e como cuidar

Alguns pacientes com problemas de origem traumática ou patológica às vezes necessitam de intervenções cirúrgicas no abdome, na região do pescoço ou no estômago, conhecidas como estoma. Essas intervenções geram uma abertura na região, constituindo um novo trajeto de saída das fezes e da urina.
Para cada local onde ela é feita, a intervenção recebe uma nomenclatura. Quando é realizada no intestino grosso, o estoma é chamado de colostomia. Dependendo do lugar, a frequência de evacuações e a consistência das fezes ficam diferentes.
Quando a estoma é no intestino delgado (fino), chama-se ileostomia. As fezes são inicialmente líquidas e passam para semipastosas depois do período de adaptação. Nesse caso, o intestino pode funcionar várias vezes ao dia.
Logo que o paciente se vê nessa situação, muitas dúvidas e inseguranças surgem, o que é natural. Por isso, a equipe da Bio Sana’s organizou estas informações para apoiar e tranquilizar as pessoas que têm estomas.

 

Como cuidar do estoma

  • Observe a cor (deve ser vermelho vivo), o brilho, a umidade, o tamanho e a forma do estoma

  • A limpeza da pele ao redor precisa ser feita com água e sabonete neutro, sem esfregar, nem usar esponjas

  • Os pelos ao redor do estoma têm de ser aparados, bem curtos, com tesoura de ponta curva

  • Usar sempre equipamento coletor (bolsa) adequado ao tipo de estoma (intestinal ou urinário)

  • Esvaziar a bolsa quando estiver com 1/3 de sua capacidade, evitando o peso excessivo e o descolamento da placa

  • Trocar as bolsas de colostomia a cada cinco dias ou antes desse período, se necessário

  • Não recortar a placa muito distante do estoma, mantendo somente 3 mm de pele descoberta ao redor, evitando machucá-la com fezes ou urina 

  • Certifique-se de que a placa esteja bem adaptada à pele. Não deixe pregas para evitar vazamentos

  • Guardar as bolsas de reserva em lugar arejado, limpo, seco e fora do alcance da luz solar, sem dobrá-las

  • Não utilizar substâncias como álcool, benzina, colônias, tintura de benjoim, pomadas e cremes. Estes produtos podem ressecar a pele, causar ferimentos e reações alérgicas, além de impedir a aderência do coletor, que tende a descolar e vazar

 

 

Ao perceber alterações na pele ao redor do estoma, coceira ou vermelhidão, entrar em contato com uma enfermeira da Bio Sana’s, porque podem ser consequências de uma reação alérgica que, se não tratada, tende a evoluir para uma dermatite periestoma (irritação causada pelo contato com fezes ou urina).

 

Outro cuidado importante é observar se aparecem complicações, como prolapso (quando parte do intestino sai para fora do abdome) ou retração do estoma (quando ele fica abaixo da superfície da pele, criando uma “depressão” na área). Em ambos os casos, procure a nossa ajuda.


 

Viver bem com o estoma no abdome

Sempre que o paciente sair de casa, é importante levar uma bolsa extra e um kit (placa e bolsa) já cortados, lenços e uma toalha de mão.

Vale lembrar que alguns alimentos podem aumentar o odor da urina e das fezes, variando de pessoa para pessoa. Por isso, é importante observar como o organismo reage à ingestão de diferentes alimentos.

O estoma não impede a prática de exercícios e/ou esportes. Recomenda-se evitar atividades que exijam contato físico, como futebol, basquete ou boxe. Para que a pessoa se sinta mais segura, ela pode optar pelo uso de um cinto especial.


Estoma traqueal ou traqueostomia

Esta intervenção cirúrgica é feita em um segmento do aparelho respiratório, que permite a comunicação direta da traqueia com o meio externo, viabilizando a ventilação de forma definitiva ou temporária, conforme o caso.

Como cuidar do estoma traqueal

  • Observar o cadarço que prende a traqueostomia. Caso apresente um aspecto sujo, é preciso trocar e lavar. O ideal é trocar todos os dias, com muito cuidado, para que a cânula não saia do paciente

  • Colocar o conjunto de cânula de molho em água e sabão por alguns minutos. Usar um recipiente exclusivamente para isso

  • Depois que a crosta de secreções estiver amolecida, esfregar bem a cânula e a subcânula, por dentro e por fora, usando uma gaze com sabão neutro

  • Enxaguar abundantemente com água corrente para tirar todo o resíduo do sabão

  • Manter a higiene na área ao redor da traqueostomia, limpando-a cuidadosamente com soro fisiológico, pelo menos duas vezes ao dia ou sempre que necessário

  • Utilizar uma proteção entre a cânula e a pele do pescoço, mantendo-a sempre limpa e seca para evitar que a cânula incomode ou irrite a pele ao redor da traqueostomia 

 

Caso apareçam na região da traqueostomia granulomas (pequenos cistos), sangramentos, infecção ou estenose traqueal (como tosse e dificuldade para respirar), procure a nossa equipe imediatamente.

 

Gastrostomia, a intervenção no estômago

Procedimento cirúrgico que permite acesso à região gástrica pela parede abdominal, com a criação de uma abertura no estômago, para viabilizar a alimentação ou descompressão do trato digestivo do paciente.

Como cuidar da gastrostomia

  • Limpar a sonda com soro fisiológico 0,9%, diariamente

  • Utilizar uma fixação na extensão da sonda, a fim de evitar tracionamento acidental e perda do dispositivo

  • Avaliar, diariamente, a inserção da sonda, acompanhando o número demarcado na extensão

  • Observar a posição do anteparo externo, assegurando que ele não faça pressão na pele ou que a sonda não tenha rotação livre

 

 

Caso surjam granulomas (pequenos cistos), dermatite periestoma (irritação causada pelo contato com fluídos gástricos) ou extravasamento do alimento, entre em contato com nossa equipe.

 

Autor: Solange Rosa Campos de Sousa

Enfermeira Estomoterapeuta da BioSana’s


 

Referências bibliográficas

  • Costa, TC, Girardon-Perlini NMO, Gomes JS, Dalmolin A, Coppetti LC, Rossato GC. Aprender a cuidar de estoma e as contribuições de um vídeo educativo. J. nurs. health. 2018;8(3):e188301

  • Bavaresco M, Manfredini GMSG, Moraes CM, Lima RS, Fava SMCL, Dázio EMR Complicações de estomia e pele periestoma. 2018. Artigo de Revisão Review Article Artículo de Revisión DOI: http://dx.doi.org/10.12957/reuerj.2019.45758

  • Barros ER; Borges EL; Oliveira CM. Prevalence of elimination stomas in a microregion in the north of Minas Gerais. ESTIMA, Braz. J.Enterostomal Ther., 2018(16) https://doi.org/10.30886/estima.

 

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