Fevereiro Laranja - Mês de combate a leucemia
Leucemia é uma doença maligna da medula óssea, geralmente de origem desconhecida.
A medula óssea, popularmente conhecida como tutano, é o órgão responsável pela produção das células sanguíneas tais como hemácias, leucócitos e plaquetas.
Na leucemia, a célula sanguínea imatura denominada blasto, sofre uma mutação genética transformando-se em uma célula cancerosa a qual se multiplica de forma desregulada tomando espaço das células saudáveis que são então produzidas em uma quantidade infinitamente menor do que o normal.
A leucemia, em algumas situações, pode estar relacionada à exposição a agentes químicos como benzeno, ou medicamentos quimioterápicos, porém, na maioria dos casos, ela acontece de forma aleatória sem associação a fatores de risco conhecidos.
Existem vários tipos de leucemia sendo os mais comuns a leucemia mielóide aguda (LMA), leucemia linfóide aguda (LLA), leucemia mielóide crônica (LMA) e leucemia linfóide crônica (LLC).
A grande maioria dos pacientes com leucemia apresenta sintomas decorrentes da diminuição da produção de células sanguíneas saudáveis que são principalmente: fraqueza, cansaço, sonolência, sangramentos, manchas roxas pelo corpo e infecções.
Os sintomas são decorrentes da diminuição das células que normalmente são produzidas na medula óssea: hemácias (glóbulos vermelhos e responsáveis por transportar o oxigênio), leucócitos (glóbulos brancos e responsáveis pela defesa contra infecções) e plaquetas (responsáveis pela coagulação do sangue). O diagnóstico de leucemia, muitas vezes, se dá através de um simples exame de sangue (hemograma) mas necessita ser confirmado pelo aspirado de medula óssea (mielograma).
O tratamento da leucemia é feito com quimioterápicos e muitas vezes para assegurar que a doença não recidive (volte) é indicada a realização de transplante de medula óssea (TMO).
A escolha entre os tratamentos vai depender de uma série de fatores como a estratificação de risco inicial da doença, características do paciente como idade e doenças associadas, a resposta que o paciente apresentou na indução (primeira fase do tratamento) e a disponibilidade de doadores de medula óssea.
Texto elaborado pela Dra. Flavia Tobaldini Russo (https://bit.ly/2mVP3Vx)
Médica hematologista e especialista em transplante de medula óssea do IBCC oncologia , Hospital São Camilo Pompéia ( HSCP ) , Hospital São Camilo Ipiranga (HSCI) e equipe BIO SANA’S de transplante de medula óssea.