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Equipe médica de Hematologia e transplante de medula óssea da BIO SANA`S e IBCC se reuniu na noite de 19/04/2018 com o Professor Angelo Maiolino da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) para discussão sobre Mieloma Múltiplo

Equipe médica de Hematologia e transplante de medula óssea da BIO SANA`S e IBCC se reuniu na noite de 19/04/2018 com o Professor Angelo Maiolino da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) para discussão sobre Mieloma Múltiplo
Equipe médica de Hematologia e transplante de medula óssea da BIO SANA`S e IBCC se reuniu na noite de 19/04/2018 com o Professor Angelo Maiolino da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) para discussão sobre Mieloma Múltiplo

Na noite de 19/04/2018, a equipe médica da BIO SANA'S e IBCC (Instituto Brasileiro de Controle do Câncer) participou de um encontro com o Professor Angelo Maiolino para discussão dos principais trabalhos apresentados no ASH 2017 em Atlanta – USA. Na reunião, o Professor Maiolino citou os trabalhos envolvendo drogas novas que tem melhorado a qualidade de vida e sobrevida dos pacientes portadores de Mieloma Múltiplo. A discussão envolveu ainda a indicação de Transplante de Medula Óssea (TMO), tratamentos de primeira linha e tratamento do idoso portador de Mieloma. A equipe demonstrou grande preocupação com o uso racional das novas terapias e com o custo destas, assim como a disponibilidade destas novas drogas no contexto brasileiro.

O Mieloma Múltiplo (MM) é um câncer da medula óssea e representa 1% das neoplasias. Ocorre um aumento na proliferação dos plasmócitos, que são células responsáveis pela produção de nossos anticorpos de defesa (imunoglobulinas). No Mieloma Múltiplo, os plasmócitos clonais (“doentes”) produzem anticorpos que não funcionam corretamente. Portanto, a maioria dos pacientes apresenta uma imunoglobulina completa ou um fragmento dela produzida pelos plasmócitos clonais, denominada PROTEINA OU COMPONENTE MONOCLONAL. Esta proteína monoclonal aparece no sangue e/ou na urina, e pode ser denominada IgG, IgA, IgM, cadeia leve Kappa ou lambda.

Se esta proteína monoclonal for encontrada em pequena quantidade, a medula óssea tiver menos de 10% de plasmócitos e não for evidenciado lesões em órgãos relacionadas ao Mieloma Múltiplo, o paciente é diagnosticado com “Gamopatia monoclonal de significado indeterminado” (GMSI). Nesta situação, será realizado apenas acompanhamento clínico com exames laboratoriais específicos. A GMSI apresenta um risco de 1% ao ano de evolução para Mieloma Múltiplo. O exame laboratorial para identificar a proteína monoclonal é a eletroforese de proteínas, e pode ser realizado no sangue e/ou na urina.

A idade mediana para o diagnóstico do MM é em torno de 60 a 65anos. Apenas 5% dos pacientes tem menos de 40 anos ao diagnóstico. Por ser uma doença de crescimento lento na maioria dos casos, o MM pode ser descoberto numa fase inicial assintomática e sem necessidade de tratamento ou numa fase mais avançada sintomática e com necessidade de quimioterapia.

Os sintomas mais frequentes são: cansaço, fadiga, dor óssea, principalmente nas costas, cefaleia, alterações na urina como “urina espumosa” ou redução da sua quantidade, infecções de repetição (como pneumonia ou sinusite).

Os exames laboratoriais que ajudam na investigação e no diagnóstico do MM são: hemograma completo, ureia, creatinina, cálcio sérico, eletroforese de proteínas séricas, dosagem das imunoglobulinas e avaliação da medula óssea (mielograma e biopsia de medula óssea). Os exames de imagem também são importantes para identificação das lesões ósseas, como radiografia do esqueleto, tomografia computadorizada e ressonância magnética.

O tratamento do MM é recomendado na fase sintomática e existem várias quimioterapias disponíveis como talidomida, bortezomibe e realização de altas doses de Melfalano seguida de transplante autólogo de medula óssea / transplante de células tronco hematopoiéticas (TCTH) para pacientes sem comorbidades clínicas e com menos de 70 anos de idade.

Apesar de ser uma doença sem cura com os tratamentos disponíveis até o momento, vários estudos clínicos continuam em andamento para aumentar o tempo livre de doença e a sobrevida dos pacientes com o Mieloma Múltiplo. Recentemente, duas medicações foram aprovadas no Brasil para pacientes com MM recidivado/refratário: Carfilzomibe (inibidor do proteassoma) e Daratumumabe (anticorpo monoclonal anti-CD38), podendo ser utilizadas como monoterapia ou em associação com outras drogas. 

Clique no link para saber mais:

http://www.biosanas.com.br/especialidade-info-item/22/mieloma-multiplo-mm

 

Participaram desta reunião: Professor Angelo Maiolino da UFRG, Dra. Maria Cristina Martins de Almeida Macedo, Dra. Manuela de Souza Sampaio de Almeida, Dra. Aline de Almeida Simões, Dr. Pedro Amoedo Fernandes, Dra. Larissa Yukari Okada, Dra. Jamilla Neves Cavalcante, Dra. Camila Menin Simões, Dra. Vanessa Mendes Rodrigues, Dr. Lauro Augusto Caetano Leite, Dra. Juliana Bombonatti e Dr. Roberto Luiz da Silva. Todos são médicos da Clínica BIO SANA'S e IBCC (Instituto Brasileiro de Controle do Câncer) .    

 

 

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