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Mês de Combate a Leucemia - dando continuidade ao Fevereiro Laranja: Leucemia de Células Plasmocitárias

Mês de Combate a Leucemia - dando continuidade ao Fevereiro Laranja: Leucemia de Células Plasmocitárias
Mês de Combate a Leucemia - dando continuidade ao Fevereiro Laranja: Leucemia de Células Plasmocitárias

A Leucemia de Células Plasmocitárias (LCP) é uma forma rara e agressiva de discrasia de células plasmocitárias e Leucemia.

Pode ser classificada como primária, quando é a primeira manifestação da doença (60-70% dos casos) ou secundária, quando é evidenciada transformação leucêmica no contexto de Mieloma Multiplo recidivado/refratário (30-40% dos casos).

A incidência de LCP primária varia em diferentes populações, podendo corresponder a 1 a 2% do total das neoplasias hematológicas. Sua incidência na Europa é de aproximadamente 04 casos em 10.000.000 de habitantes por ano.

A Incidêdia de LCP secundária tem aumentado nos últimos anos, provavelmente causada pelo aumento de sobrevida nos pacientes com Mieloma Múltiplo, podendo progredir em 1 a 4% de todos os casos de Mieloma Múltiplo.

Acomete mais o sexo Feminino. A LCP primaria apresenta uma Mediana de idade ao diagnostico menor que a sedundária, predominando entre 50 e 70 anos.

A apresentação clinica inicial podem incluir sintomas de Mieloma Múltiplo como disfunção renal, hipercalcemia, lesões ósseas e dores ósseas e podem incluir também sintomas de leucemias como Leucocitose, plaquetopenia, anemia, infecções, sangramentos, hepato-esplenomegalia.

O diagnóstico é definido pela contagem de plasmócitos absolutos em sangue periférico maior que 2x109 células ou mais de 20% de células plasmáticas na contagem de série branca no sangue periférico. A Imunofenotipagem de sangue periférico determina os marcadores do clone maligno. Não há alterações citogenética ou mutações características para LCP.

A avaliação ao diagnóstico deve conter avaliação de sangue periférico, mielograma ou biopsia de medula, imunofenotipagem e Eletroforese de proteínas séricas e urinarias com imunofixação.

O tratamento padrão consiste em variações de quimio-imunoterapia em altas doses seguidas de Transplante de Medula Óssea Autológo. O Transplante alogênico de Medula Óssea pode ser considerado particularmente em pacientes com a doença mais agressiva em paciente mais jovens. 

O prognóstico da LCP é ruim e a sobrevida média é de apenas 6 a 11 meses. Devido ao comportamento agressivo da LCP, o tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível.

 

Texto elaborado pela Dra. Patricia Miki Yamamoto médica Hematologista especialista em Hematologia da equipe Bio Sana’s de Hematologia e TMO / Rede DASA

 

Referencias:

1. Grogan TM, Van Camp B, Kyle RA. Plasma cell neoplasms. In: World Health Organization Classification of Tumours. Pathology and Genetics of Tumours of Haematopoietic and Lymphoid Tissues, Jaffe ES, Harris NL, Stein H, Vardiman JW (Eds), IARC Press, Lyon 2001. p.142.

2. Gundesen MT, Lund T,Moeller HEH, Abildgaard N. Plasma Cell Leukemia: Definition, Presentation, and Treatment. Current Oncology Reports (2019) 21: 8

3. Gertz MA. Managing plasma cell leukemia. Leuk Lymphoma 2007; 48:5.

4. Drake MB, Iacobelli S, van Biezen A, et al. Primary plasma cell leukemia and autologous stem cell transplantation. Haematologica 2010; 95:804.

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