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Fevereiro Laranja - Dando continuidade à Conscientização sobre a Leucemia: LMC (Leucemia Mieloide Crônica)

Fevereiro Laranja - Dando continuidade à Conscientização sobre a Leucemia: LMC (Leucemia Mieloide Crônica)
Fevereiro Laranja - Dando continuidade à Conscientização sobre a Leucemia: LMC (Leucemia Mieloide Crônica)

Nas Leucemias Crônicas, há uma perda de controle da proliferação da célula tronco pluripontente da medula óssea, levando ao acúmulo de células maduras, que embora em excesso, mantém sua função relativamente preservada. A Leucemia Mieloide Crônica (LMC) se caracteriza por uma produção anormal de glóbulos brancos da linhagem mieloide.

Esse descontrole da proliferação celular ocorre devido a uma alteração cromossômica chamada Cromossomo Philadelfia. Este cromossomo é resultado da troca de material genético entre dois outros cromossomos, o de número 9 e o de número 22. Durante essa translocação, uma parte do cromossomo 9 contendo o oncogene ABL é translocado para o cromossomo 22 e fundido no gene BCR.

A oncoproteína BCR-ABL desregula a proliferação celular, diminui a adesão das células leucêmicas ao estroma da medula óssea e protege as células leucêmicas da morte celular programada (apoptose) normal, o que leva a aumento de todas as células de linhagem mielóide.

A doença normalmente tem progressão lenta. Atinge um a dois casos em cada 100 mil indivíduos em um ano. Não há Predisposição familiar para LMC e a radiação ionizante o único fator de risco conhecido.

Os principais sintomas são fadiga, perda de peso, sudorese, dor abdominal, sangramentos, hematomas e febre. Na avaliação médica é comum observar palidez e esplenomegalia (Aumento do baço). A intensidade dos sintomas depende da fase de evolução da doença, que pode ser dividida em fase crônica, fase acelerada e fase aguda, sendo esta última o estágio mais grave da doença.

O diagnóstico é feito através de exames laboratoriais. No hemograma há aumento no número de glóbulos brancos (leucocitose, neutrofilia, basofilia). A confirmação diagnostica se faz através avaliação da medula óssea e por testes de biologia molecular que conseguem identificar a alteração genética no cromossomo Philadelphia.

O tratamento é recomendado a todos os pacientes, deve ser iniciado logo após a confirmação do diagnóstico e depende do estágio da doença. A principal opção de tratamento são os inibidores da tirosina quinase (p. ex., imatinibe, nilotinibe, dasatinibe, bosutinibe, ponatinibe) que são medicações via oral extremamente eficazes para LMC. Embora a LMC não seja curável com os inibidores de tirosina quinase, cada vez mais pacientes alcançam remissões extremamente profundas. Por isto usa-se o termo ‘cura funcional’.

A única terapêutica curativa para pacientes com LMC é transplante de medula óssea (TMO) ou transplante de células tronco hematopoéticas (TCTH). Essa opção de tratamento é utilizada nos casos em que não se consegue controle adequado da doença com os medicamentos disponíveis.

Texto elaborado pela Dra. Patricia Mikie Yamamoto, médica Hematologista e membro da equipe BIO SANA’S de Transplante de medula Óssea / TMO e Rede Dasa.

 

 

Referências:

Tratado de hematologia – 1 edição – 2013

World Health Organization Classification of Tumours of Haematopoietic and Lymphoid Tissues, Swerdlow SH, Campo E, Harris NL, et al. (Eds), IARC Press, Lyon 2008.

Bortolheiro Tc, Chiattone CS. Leucemia Mieloide Crônica: história natural e classificação. Rev Bras Hematol Hemoter.. 2008

Faderl S, Talpaz M, Estrov Z, et al. The biology of chronic myeloid leukemia. N Engl J Med 1999.

 

 

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