A gripe é uma infecção aguda do sistema respiratório, provocada pelo vírus da influenza, podendo ser este do tipo: A, B, C ou D. Sendo o vírus influenza A e B os responsáveis pelas epidemias sazonais, e o influenza A responsável pelas grandes pandemias.
A transmissão ocorre quando o vírus consegue atingir o organismo e penetrar através dos olhos, nariz, e/ou a boca.
Os sinais e sintomas e as características mais frequentes são:
Alguns subtipos de influenza podem dar sintomas gastrointestinais como náuseas, vômitos e diarreia, sendo eles observados na maior parte das vezes em crianças.
A principal complicação são as pneumonias, responsáveis por um grande número de internações hospitalares no país.
Vale mencionar que são mais suscetíveis de sofrer complicações: Crianças menores de 2 anos; adultos maiores de 65 anos por apresentarem alterações fisiológicas e patológicas específicas e pessoas imunossuprimidas ou com doenças crônicas como: pneumopatias, cardiopatias. Diabetes mellitus e etc.
Nas crianças a peculiaridade é que a temperatura pode atingir níveis mais altos, sendo comum o achado de aumento dos linfonodos cervicais e também podem fazer parte os quadros de bronquite ou bronquiolite, além de sintomas gastrointestinais; já nos idosos quase sempre está presente o quadro febril, às vezes, sem outros sintomas, mas em geral, a temperatura não atinge níveis tão altos.
Tratamento
De acordo com o Protocolo de Tratamento de Influenza 2017, do Ministério da Saúde, o uso do antiviral Fosfato de Oseltamivir está indicado, preferencialmente nas primeiras 48 horas após o início dos sintomas para todos os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e casos de Síndrome Gripal (SG) com condições ou fatores de risco para complicações.
Prevenção
A vacinação é a forma mais eficaz de prevenção contra a gripe e é considerada uma das medidas mais seguras para evitar casos graves e óbitos como consequência da infecção. Isso porque há uma constante mudança dos vírus influenza, o que requer um monitoramento global e uma frequente reformulação da vacina. Por isso, todo o ano, o Ministério da Saúde realiza a Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe.
Vale mencionar que, o imunobiológico oferecido no Sistema Único de Saúde (SUS) protege contra os três subtipos do vírus da gripe que mais circularam no último ano no Hemisfério Sul.
Além da vacinação, orienta-se a adoção de outras medidas gerais de prevenção para toda a população, medidas essas, comprovadamente eficazes na redução do risco de adquirir ou transmitir doenças respiratórias, especialmente as de grande infectividade, como o vírus da gripe. Segue abaixo tais orientações:
Texto elaborado por Shaiane Cecília, Enfermeira da Equipe da BIO SANA’S de Hematologia / Transplante de Medula Óssea e Enfermagem Dermatológica.
Referências:
Azambuja, Humberta Correia Silva et al. O impacto da vacinação contra influenza na morbimortalidade dos idosos nas regiões do Brasil entre 2010 e 2019. Cadernos de Saúde Pública [online]. v. 36, n. Suppl 2 [Acessado 22 Maio 2023] , e00040120. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/0102-311X00040120>. ISSN 1678-4464. https://doi.org/10.1590/0102-311X00040120.
BRASIL. Ministério da Saúde.Saúde de A a Z. Gripe Influenza, Brasil, 2023. [Acessado 22 Maio 2023]. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/g/gripe-influenza
Forleo - Neto E, Halker E, Santos VJ, Paiva TM, Toniolo-Neto J. Influenza. Rev Soc Bras Med Trop [Internet]. 2003Mar;36(2):267–74. [Acessado 25 Maio 2023]. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0037-8682200300020001